Atualmente desenvolvedor de sistemas, o fundador da Devel Maker começou fazendo cursos de informática na Cidade dos Meninos
Rodrigo Pereira foi aluno da Cidade dos Meninos entre 2008 e 2014. Ele soube aproveitar o interesse por computação e direcionar essa aptidão natural para fazer os cursos que a instituição oferecia: Rodrigo fez todos os módulos de informática, além do curso técnico.
O jovem que não tinha computador em casa, lembra que a acessibilidade da Cidades dos Meninos permitiu que ele desenvolvesse ainda mais o aprendizado e habilidades. “Meu primeiro contato com programação foi na instituição. Na época eu não tinha computador e levava os algoritmos escritos no papel para compilar no computador da Cidade dos Meninos. Isso me fez perceber o impacto que a instituição tem na vida de todas as pessoas que, assim como eu, não tinha acesso a esse tipo de ferramenta”, observa.
Além da inclusão digital, o ex-aluno reconhece que a Cidade dos Meninos possibilitou que ele fizesse contatos e desse os primeiros passos na vida profissional. “As conexões que eu fiz me impulsionaram e me ajudaram a entrar no mercado de trabalho”, afirma. Rodrigo percebe que acertou na escolha pois a profissão possui alta demanda e indica boas perspectivas para o futuro. “O mundo está se tornando cada vez mais digital e informatizado, profissionais de tecnologia nunca foram tão requisitados. A tendência é essa demanda aumentar cada vez mais”, prevê o desenvolvedor de sistemas.
As expectativas são altas e Rodrigo vislumbra que a empresa pode crescer explorando dois segmentos: o de automação industrial e o de blockchain. “O Brasil possui muitas empresas carentes de tecnologia. Muitas áreas podem melhorar se implementarem tecnologias em seus processos, e é justamente nesse ponto que a Devel Maker pretende atuar”, conta.
Para os alunos que também têm interesse na área, o especialista que se capacitou na Cidade dos Meninos deixa três dicas. “Primeiro, se tornem autodidatas, pois a tecnologia é uma área que muda muito rápido. Segundo, cultivem o networking, isso vai garantir um fluxo constante de demanda e contato com profissionais capacitados para quando for preciso trabalhar em equipe. Terceiro, cuidado para não assumir uma demanda de trabalho maior do que a sua capacidade de entrega”, orienta.