Formada em Administração pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), a ex-aluna foi formada na instituição durante a adolescência
Quem vê a Joyce Armani hoje como empresária e assessora de investimentos de uma das principais empresas em consultoria financeira do país, não imagina que ela foi uma jovem rebelde durante a adolescência. Ela, que hoje ensina as pessoas a investirem, é fruto do investimento dos filantropos que apoiam o Lar dos Meninos. A oportunidade de estudar na Unidade entre 2009 e 2019, veio durante a sétima série, depois de uma experiência conflituosa na escola anterior. A vivência no Lar dos Meninos trouxe resultados formativos e de comportamento.
Além dos cursos de bijuteria, cabeleireiro, padaria, decoração de festas e informática básica, no Lar dos Meninos, Joyce foi orientada a adotar uma postura diferente. “Entrei na instituição totalmente perdida, sem conhecer ninguém. Na verdade, minha mãe me tirou do colégio anterior por causa de brigas. Quando entrei foi difícil, pois o Lar era uma instituição rígida e muito diferente de todas as que eu havia estudado. Existiam regras, horários, fila. No Lar dos Meninos aprendi a ter disciplina, constância, responsabilidade, pois não era uma opção ter uma conduta diferente dessa lá dentro”, lembra.
“A melhor coisa que me aconteceu na minha adolescência”
Mais do que uma escola, a instituição foi onde a jovem fez a primeira comunhão e aprendeu a trabalhar em equipe e construir laços de harmonia e amizade. “O Lar dos Meninos foi a melhor coisa que me aconteceu na minha adolescência. Lá aprendi a trabalhar em equipe, pois éramos muito estimulados a trabalhar em grupo. Fiz grandes amigos que levo para a vida”, conta.
A assessora de investimentos é fruto do investimento de tempo, carinho e dedicação dos funcionários do Lar dos Meninos. Perguntada sobre o que mais marcou a trajetória dela na instituição, ela cita o acolhimento e o diálogo. “O que mais me marcou foi a forma que a instituição acolhia a todos. Particularmente, me recordo de uma professora de Português, que me via lendo livros aleatórios durante as aulas dela e ao invés de me repreender, conversava comigo, me indicava leituras e, inclusive, chegou a me emprestar vários livros. O meu amado professor de padaria, Juarez, também conversava comigo sempre, perguntava como eu estava. Levo esse carinho para a vida” diz, transformada.