Daniela Teixeira se destacou nas categorias de base e no profissional do América (MG) e foi convidada a integrar um dos times mais tradicionais do Brasil
Daniela Teixeira Ramos é conhecida carinhosamente como Danny e iniciou sua carreira no futebol aos 14 anos, quando passou em uma seletiva do América (MG). Ela nos conta que haviam 400 meninas na disputa por três vagas. “Apenas eu e mais duas passamos na época e eu fui integrada à base da equipe profissional do tradicional time mineiro”, lembra.
Pelo time mineiro ela disputou vários campeonatos pelo profissional e na base Brasil afora. Em julho de 2021 iria ter o Campeonato Brasileiro sub-18, o América formou sua base e a dúvida era se Danny iria compor o time júnior do time ou não. “No final das contas decidiram para que eu descesse para jogar com o sub-18, seria um grande reforço para ajudar as meninas da base”, ressalta. O campeonato ocorreu em São Paulo, em um jogo contra o Internacional de Porto Alegre. Danny foi o destaque do jogo. “O time do Inter queria me contratar ali, depois do jogo, mas eu tinha contrato com o América”, lembra. No final de 2021, enfim, Danny conseguiu a liberação do time mineiro com um contrato de parceria com o Internacional. “Eu fiquei muito feliz com a notícia, o Inter está entre os melhores times femininos do Brasil”, fala contente.
Longe da família, Danny diz estar sofrendo muito e pensa em desistir, mas entende que para qualquer ser humano conquistar sonhos, precisa sair da zona de conforto. “Tudo é por um sonho, por amor, pela minha família. Eu tenho muitos planos, já passei por muitas coisas, mas cada uma serviu de muito aprendizado”, explica.
No Internacional, Danny treinou por um mês e 20 dias para disputar o Campeonato Gaúcho, jogando com a camisa 8, às vezes até com a 10. Danny já conquistou o título derrotando o Grêmio, maior rival.
Os planos da Danny para o futuro são ousados. “Eu tenho certeza que 2022 é meu ano e podem anotar. Vou conquistar muitas coisas e eu sei quem me ajudou nessa caminhada, um a um. Em 2022 vou voltar e ficar um tempo com o time profissional, já é um passo a mais”, ressalta.
Sobre a Cidade dos Meninos, Danny tem gratidão. “O que eu tenho para falar é somente gratidão por tudo, aprendi muito nessa escola que é outro nível. A melhor escola que passei em toda minha vida, me formou como pessoa, me motivaram como atleta e não posso deixar de agradecer a disciplinaria Cláudia pelo apoio, a melhor de todas”, finaliza.
Fotos: João Callegari.