Luiz Carlos é autodidata e tem paixão pelo desenho
Por Antonio Carlos Benvindo
“Acho que Deus pega na minha mão e eu desenho”. É assim que Luiz Carlos, 34 anos, auxiliar de serviços gerais do Centro Infantil, define seu dom e gosto pela arte do desenho. Ele começou a desenhar com dez anos de idade, porque gostava de anime (desenhos japoneses). “Eu comecei a ter interesse pelo desenho quando eu comecei a observar as embalagens de salgadinho, pirulito e bala. Eu ficava olhando e reproduzia os desenhos. Também gostava muito de Dragon Ball, Naruto e Cavaleiros do Zodíaco. Com o tempo eu fui aperfeiçoando até chegar no realismo”, explica.
Sem nunca ter estudado em nenhuma escola formal de pintura, ele se considera autodidata e dá crédito a Deus por suas obras. “Eu costumo falar que é Deus quem pega minha mão e, sendo assim, consigo fazer os meus desenhos”, diz. Luiz também ressalta que tinha dois sonhos na infância: ser goleiro de algum time de futebol ou desenhista. “O sonho de desenhista permanece, tenho uma imaginação que vai longe e tenho interesse em criar histórias em quadrinhos. Quero chegar ao ponto de um Maurício de Sousa”, ressalta.
Nas últimas semanas ele estava concentrado em outro projeto, e entre uma tarefa e outra do seu trabalho habitual, Luiz pintava o mapa da Cidade dos Meninos. São 540 mil metros que se transformaram em 8 páginas de papel A0. Todas pintadas com caneta. O trabalho se transformará em banner na sala do Presidente Fundador da Instituição, Jairo Azevedo, que ficou apaixonado com o trabalho. O mapa também irá se tornar outros trabalhos que ficarão expostos na instituição, como um banner para a sala da presidência e um material para orientar visitantes.
Luiz é um amante do local onde trabalha e de suas funções, que vão desde os serviços gerais a atuar como personagem nas catequeses. “O Centro Infantil é minha segunda casa. Aqui eu passo boa parte da minha vida e tenho uma paixão enorme pela obra. Aqui eu tenho várias oportunidades. Além do meu trabalho habitual, também faço parte do grupo de teatro e posso desenvolver diversos desenhos”, afirma.
Prestes a completar quatro anos de empresa, ele diz que gosta de fazer de tudo. “Quando eu entrei na instituição, deixei claro que se tivesse algo fora do meu setor que eu pudesse contribuir, sempre estaria à disposição para ajudar. E fico muito honrando de, além de desenvolver diversas tarefas, posso promover a minha arte”, finaliza.